hoje meu dia começou às 17hs.

às vezes, me sinto meio Fleabag com a única diferença que não moro em Londres (e sim, eu adoraria). estou exausta e cansada de dizer que estou exausta porque parece que reclamo de barriga de cheia. eu sempre tive a tendência de invalidar tudo o que estou sentindo.
ontem parei minha aula na metade porque não aguentava mais os olhos abertos. eram 16h45 e eu só pensava em dormir. deixei a monitora cuidando da turma e fui tirar um cochilo porque ia dar aula novamente às 19hs. aí, virou uma chavinha e percebi que esse sono impossível é uma fuga. demorei a perceber dessa vez e se acendeu uma luzinha vermelha na minha cabeça. preciso estar atenta. (é exaustivo ter que estar sempre atenta).
da última vez que isso aconteceu, esse sono impossível, eliza veio e ficou por dias. vocês sabem quem é eliza? não, acho que nunca falei aqui, mas eu tenho outras três personalidades.
( anne – é super rígida, séria, mal humorada; nina – é divertida, adora festas mas é meio irresponsável; eliza – é a mais complicada, super pessimista e sofre de ideação suicida. )
primeiro o sono e quando vejo estou dormindo às 15hs de um dia útil; se brincar, passo a semana assim. em uma dessas vezes, dormi vinte e oito horas seguidas e ela aproveita dessas brechas pra sair do underground de onde nunca deveria sair.
agora, estou atenta e mesmo tendo dormido depois do almoço e tido muita preguiça pra levantar. me forcei a ficar de pé, tomei minha medicação, fiz um café forte e sentei aqui. vou ler, escrever, fazer algo enquanto as outras cuidam de mantê-la bem trancada porque eu sei que dormir não é suficiente para essa exaustão passar. é necessária também, outra conjuntura, outro contexto externo (que não depende de mim)
e o que resta por ora, é tentar me manter saudável e vigilante.
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